Por que a crise econômica pode ser uma ótima oportunidade para a gestão de Recursos Humanos?

Em tempos de crise o valor de pessoas qualificadas na equipe é evidenciado. Saber quem manter no time, estabelecer práticas de retenção dos melhores, atrair e selecionar as pessoas certas para o negócio são desafios para a gestão de RH

Há um dito antigo que diz não haver melhor professora no mundo do que a “dona Necê” ou a sra. Necessidade, conhecida também como a mãe de todas as soluções. Num momento de grave crise econômica como a que vivemos onde a maioria das empresas tiveram seus quadros de pessoal reduzidos em consecutivos cortes de custos, estabelecer e alcançar objetivos exige muito mais de todos os que se mantém. Neste cenário a área de RH tem a oportunidade de fazer a diferença e ter seu grande potencial para gerar resultados reconhecido pelos níveis diretivos. Pode ser seu melhor momento!

Ao olhar para o dia a dia das empresas, especialmente no estado do MS onde estamos, pode-se pensar que gestão estratégica de Recursos Humanos ainda é uma novidade para grande parte das empresas de porte médio no Brasil. Nestas empresas o conceito de Recursos Humanos se confunde com as rotinas do antigo Departamento de Pessoal, uma espécie de “mal necessário” para empresários que percebem custos com pessoas como sendo despesas. E, exatamente por esta visão limitada convivem muito mais com o estresse de depender de pessoas e suas ineficiências para alcançar seus resultados e que, como se isto não bastasse, ao fechar a folha de pagamento no final do mês, custam muito caro à empresa.

Algo bastante diverso do que acontece em empresas de grande porte em cuja cultura já figura como prática a gestão estratégica de RH. Não podemos, de forma alguma afirmar que estas por serem grandes, estejam imunes à crise, e é claro, muito menos atribuir exclusivamente às práticas de gestão de recursos humanos, uma maior resistência às intempéries do mercado. No entanto, olhar para quem está em melhores condições, pode ser uma atitude simples e sábia que a professora necessidade pode ensinar em tempos como esse. Veja três pontos importantes da Gestão Estratégica de RH que podem fazer a diferença na sua empresa neste momento:

• Planejamento Estratégico real, vivo, límpido e atuante: Se os resultados da empresa dependem das pessoas, este pode ser o fator número um para a gestão de resultados. Seres humanos são movidos por propósitos e possuem algumas necessidades definidas, grandes empresas sabem disto. Uma destas necessidades é de pertencer a um time que sabe claramente a que veio e onde quer chegar, assim como quais são seus valores essenciais. Se saber definir quem eu sou, de onde venho, para onde vou e o que é realmente importante para mim são questões existenciais a serem resolvidas por cada ser humano para uma vida plena, para as empresas esta ação de pensar a si e definir estes pontos de forma clara é uma questão de sobrevivência em prazo médio. Assim, os conhecidos textos da Missão, Visão e Valores podem ser um pouco mais do que muitos empresários imaginam. Bem utilizados, podem fazer a diferença no desempenho das equipes, na retenção dos melhores talentos e na hora de atrair, recrutar e selecionar as pessoas certas para as vagas abertas. Se a hora não parecer ser a melhor para novas contratações, que tal pensar em substituir parte do time por pessoas mais alinhadas e capacitadas? Esta é um outro ângulo para olhar a crise, que só é possível para quem conhece exatamente seus porquês!
• Práticas alinhadas: É claro que de muito pouco adiantará ter Missão, Visão e Valores claramente definidos se as práticas de gestão no dia a dia não forem alinhadas a estes tópicos. Isto abrange desde a análise das atribuições de cada cargo até a forma dos gestores se comunicarem com seus times, passando pelo estabelecimento de metas para o treinamento e desenvolvimento de habilidades técnicas e comportamentais orientadas aos objetivos da empresa. Se a definição do Planejamento Estratégico compete ao nível diretivo da empresa, o alinhamento das práticas no dia a dia é competência exclusiva da área de RH e aí uma grande oportunidade a estes profissionais.
• Gestão do Clima Organizacional: E ainda que exista um Planejamento Estratégico válido e claro e que as práticas de gestão sejam alinhadas a este, a atenção ao clima organizacional é necessária para que os melhores resultados sejam alcançados. Sintomas como baixa produtividade, retrabalhos, desperdícios de matéria prima, conflitos entre pessoas e turnover (sim, em tempos de crise as pessoas continuam buscando oportunidades melhores!) devem ser vistos com grande atenção, eles sinalizam deterioração do clima organizacional, outro grande desafio para a gestão de Recursos Humanos!

Vendo desta forma, empresas de menor porte podem enfrentar a crise com mais facilidade se tiverem equipes empenhadas.  Isto exige liderança e gestores alinhados aos propósitos empresariais, havendo, é claro um planejamento estratégico válido. O setor de gestão de pessoas pode fazer toda a diferença e, em casos onde a empresa ainda não tem este setor suficientemente estruturado, contar com uma assessoria especializada pode ser uma grande ideia. Empresas que oferecem serviços de Recrutamento e Seleção de qualidade frequentemente oferecem serviços de assessoria à gestão. Procurar as melhores pode ser a solução.